Encontrados 1000 artigos.

  • Leia
  • artigo
  • íntegra
  • edição impressa
  • Agora também
  • receber
  • jornal
  • casa ou subscrever
  • nossa assinatura digital .
  • Durante a semana, o Colégio de Medicina Intensiva da Ordem dos Médicos emitiu um parecer sobre os critérios éticos em medicina intensiva, chamando a atenção para a necessidade de planeamento a fim de se evitar um cenário de racionamento do acesso a UCI por doentes críticos. Ao jornal i, José Artur Paiva sublinhou que seria inseguro continuar a reduzir camas de cuidados intensivos para doentes não covid. «O nosso compromisso, e não podemos desistir desse compromisso, é garantir acessibilidade a medicina intensiva a doentes com covid 19 e não covid. E para isso é muito importante não reduzir as camas para não covid-19 abaixo de um determinado valor que garanta essa acessibilidade. Estamos nesse valor», alertou o médico. Na altura havia 589 camas de UCI reservadas para doentes com covid-19, 498 ocupadas - o número de doentes com covid-19 subiu entretanto para 526, de acordo com
  • último balanço. No total havia 1065 camas de UCI ativadas no país e nas reservadas para casos não covid, cerca de 460, a ocupação rondava os 85%. José Artur Paiva explica que no Norte houve esta semana uma «franca suspensão» de atividade cirúrgica não prioritária, que permitiu alargar a capacidade de UCI para doentes com covid-19 sem prejuízo da resposta a outros doentes críticos. Durante a semana, a ministra da Saúde, numa entrevista, disse que seria possível chegar às mil camas para doentes covid-19 em UCI, mas com prejuízo da resposta a outra atividade assistencial. José Artur Paiva admite que, no Norte, a possibilidade de futuros alargamentos é agora marginal, mas admite que noutros pontos do país, menos pressionados e que possam ainda manter níveis mais elevados de atividade cirúrgica não prioritária, possa ser possível conseguir ainda mais camas, além de estar prevista a abertura de novas alas de UCI tanto em Gaia como no Amadora-Sintra. O médico sublinha que a preocupação, a par da gestão da rede, deve continuar a ser conter a epidemia, porque maior expansão vai exigir mais suspensão da atividade e aumenta a sobrecarga das equipas, que influencia os resultados «Caminhou-se em soluções e com isso conseguem-se os dois aspetos: reduzir a sobrecarga sobre os profissionais - que é muito importante quando estamos numa maratona que não será de dois meses - e ganharmos em maior equidade entre regiões, não só
  • covid-19,
  • acessibilidade dos doentes, que têm de sentir-se seguros na ida ao hospital», afirma Artur Paiva. «O que precisamos agora é de continuar este caminho de redução da transmissão e de planeamento. Quer dizer que com isto é possível termos mil doentes, dois mil ? A resposta é não». RT continua a baixar Na próxima quinta-feira está prevista uma nova reunião de peritos no Infarmed, onde será feito um novo ponto de situação ao Governo, Presidente da República e partidos sobre a evolução da epidemia, agora com os planos para o Natal em mente - Marcelo pediu ao Governo regras na próxima semana. O último relatório
  • Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge estima que, na última semana, o RT (que mede a velocidade de transmissão da epidemia), continuou a baixar e aproxima-se de 1, sendo agora de 1,05 a nível nacional, 1,03 na região Norte, 1,09 na região Centro, 1,06 na região LVT, 1,17 na região Alentejo, 1,10 na região Algarve, 1,19 nos Açores e 0,94 na Madeira. No Norte, mais atingido, o abrandamento de casos é agora notório, embora a região continue a registar uma incidência superior a 1300 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias (o dobro de qualquer outra região do país, tendo o distrito de Bragança um aumento de casos nas últimas semanas, enquanto a região do Vale do Sousa melhorou). Os boletins da DGS, que o
  • analisou, mostram ainda assim que nos últimos sete dias foram reportados em média 3071 casos diários na região Norte, quando nos sete dias anteriores tinham sido 3788
  • São menos 700 casos, em média, por dia. A nível nacional, o país registou uma média diária de 5191 casos, quando nos sete dias anteriores tinham sido 6404 casos, e a média dos últimos sete dias é inferior à da semana anterior em todas as regiões. O pico de novos casos
  • , assim, já ter sido superado e ter ficado até abaixo do projetado, fruto da melhoria no Norte. A incidência mantém-se elevada, e para haver uma descida em todo
  • país e não apenas uma estabilização, o RT tem de ficar abaixo de 1 e manter-se assim (o que significará que,
  • média, mil pessoas infetadas hoje infetam menos de mil pessoas e assim sucessivamente). O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC na sigla inglesa) alertou esta semana para o risco de levantar medidas demasiado cedo. Segundo o SOL apurou, mesmo com o abrandamento do número de casos prevê-se que os internamentos continue
  • aumentar. As projeções indicam que o número de doentes com covid-19 em UCI poderá ultrapassar os 600 na primeira semana de dezembro. Já a equipa da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa estima que possa haver mais de 3 mil casos diários até janeiro, com mais de 300 doentes covid em UCI também até ao início de janeiro.

Filtros